A AIDS, quando a epidemia surgiu, no começo dos anos 80, era considerada 100% fatal. Um diagnóstico positivo para o vírus HIV era quase uma sentença de morte lenta, patrocinada por perda progressiva de células de defesa imunológicas, comprometendo a capacidade do organismo de combater doenças.
Em poucos anos foi desenvolvida uma série de drogas utilizadas em conjunto (coquetéis antiaids) como aquelas que inibem a transcriptase reversa do HIV e outras que impedem a montagem e liberação de novas partículas virais por células infectadas, mas essas drogas não têm a capacidade de eliminar o vírus do organismo.
Agora, quase 40 anos depois, de acordo com um artigo publicado recentemente na revista científica “Nature”, pode haver finalmente um segundo paciente curado da AIDS. Trata-se de um paciente com linfoma (câncer do sistema linfático) e que também tinha HIV. O paciente foi submetido à quimioterapia para destruir células de seu sistema imunológico e, posteriormente, recebeu um transplante de medula óssea de um doador saudável cujos linfócitos eram refratários à penetração do vírus HIV. Foi considerado curado do câncer e da AIDS, pois o HIV já não é encontrado em seu organismo.
Com base nas informações dadas e outros conhecimentos sobre o assunto, assinale a afirmação INCORRETA.
A inibição da transcriptase reversa impede que o genoma viral se integre ao DNA das células infectadas.
A quimioterapia é suficiente para eliminar os vírus HIV da corrente sanguínea e da matriz extracelular dos tecidos linfáticos.
Os coquetéis atuam reduzindo a progressiva ação infectante contra novos linfócitos T4 suscetíveis, a partir dos vírus HIV instalados no organismo.
Alguns indivíduos podem ser refratários à infecção pelo HIV devido à mutação em genes de proteínas de superfície dos linfócitos que estariam envolvidas com a adesão e penetração viral.