UFRGS PORT 2017

[1] Muita gente que ouve a expressão ―políticas

linguísticas‖ pela primeira vez pensa em algo

solene, formal, oficial, em leis e portarias, em

autoridades oficiais, e pode ficar se

[5] perguntando o que seriam leis sobre línguas.

De fato, há leis sobre línguas, mas as políticas

linguísticas também podem ser menos formais

– e nem passar por leis propriamente ditas.

Em quase todos os casos, figuram no

[10] cotidiano, pois envolvem não só a gestão da

linguagem, mas também as práticas de

linguagem, e as crenças e valores que

circulam a respeito delas. Tome, por exemplo,

a situação do cidadão das classes confortáveis

[15] brasileiras, que quer que a escola ensine a

norma culta da língua portuguesa. Ele folga

em saber que se vai exigir isso dos candidatos

às vagas para o ensino superior, mas nem

sempre observa ou exige o mesmo padrão

[20] culto, por exemplo, na ata de condomínio,

que ele aprova como está, desapegada da

ortografia e das regras de concordância

verbais e nominais preconizadas pela

gramática normativa. Ele acha ótimo que a

[25] escola dos filhos faça baterias de exercícios

para fixar as normas ortográficas, mas pouco

se incomoda com os problemas de redação

nos enunciados das tarefas dirigidas às

crianças ou nos textos de comunicação da

[30] escola dirigidos à comunidade escolar. Essas

são políticas linguísticas. Afinal, onde há

gente, há grupos de pessoas que falam

línguas. Em cada um desses grupos, há

decisões, tácitas ou explícitas, sobre como

[35] proceder, sobre o que é aceitável ou não, e

por aí afora. Vamos chamar essas escolhas –

assim como as discussões que levam até elas

e as ações que delas resultam – de políticas.

Esses grupos, pequenos ou grandes, de

[40] pessoas tratam com outros grupos, que por

sua vez usam línguas e têm as suas políticas

internas. Vivendo imersos em linguagem e

tendo constantemente que lidar com outros

indivíduos e outros grupos mediante o uso da

[45] linguagem, não surpreende que os recursos

de linguagem lá pelas tantas se tornem, eles

próprios, tema de política e objetos de

políticas explícitas. Como esses recursos

podem ou devem se apresentar? Que funções

[50] eles podem ou devem ter? Quem pode ou

deve ter acesso a eles? Muito do que

fazemos, portanto, diz respeito às políticas

linguísticas.

Adaptado de: GARCEZ, P. M.; SCHULZ, L. Do que tratam as políticas linguísticas. ReVEL, v. 14, n. 26, 2016. 

 

Considere as seguintes sugestões de substituição de expressões articuladoras no texto.

 

I - Substituição de pois (l. 10) por entretanto.

II - Substituição de assim como (l. 37) por bem como.

III- Substituição de portanto (l. 52) por por conseguinte.

 

Quais preservariam o sentido e a correção do segmento em que ocorrem?

a

Apenas I.

b

Apenas II.

c

Apenas III.

d

Apenas II e III.

e

I, II e III.

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D
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