[1] Há aproximadamente mil anos, no auge do
Renascimento islâmico, três irmãos em Bagdá projetaram um
dispositivo que era um órgão automatizado. Eles o chamaram
[4] “o instrumento que toca sozinho”. O instrumento era
basicamente uma caixa de música gigante. O órgão podia ser
treinado para tocar várias músicas usando instruções
[7] codificadas por meio de pinos colocados em um cilindro
giratório. Para a máquina tocar uma música diferente, era só
trocar um cilindro por outro com uma codificação diferente.
[10] Esse foi o primeiro instrumento desse tipo. Ele era
programável. Conceitualmente, esse foi um imenso salto
adiante. Toda a ideia de hardware e de software se tornou
[13] possível com essa invenção. Esse conceito incrivelmente
poderoso não veio para nós na forma de um instrumento de
guerra, de conquista ou de uma necessidade. De forma alguma,
[16] ele veio do estranho prazer de ver uma máquina tocar música.
De fato, a ideia de máquinas programáveis foi mantida viva
exclusivamente pela música por aproximadamente setecentos
[19] anos.
Existe uma longa lista de ideias e de tecnologias
transformadoras que vieram de brincadeiras: os museus
[22] públicos, a borracha, a teoria das probabilidades, o negócio de
seguros e muito mais. A necessidade nem sempre é a mãe da
invenção. Um estado de espírito lúdico é fundamentalmente
[25] exploratório e busca novas possibilidades no mundo ao seu
redor. Devido a essa busca, muitas experiências que
começaram como simples prazer e diversão, por fim,
[28] resultaram em grandes avanços.
Stephen Johnson. O paraíso lúdico por trás das grandes invenções. Internet: <www.ted.com>.
Tomando como base o fragmento de texto acima, julgue o item.
A palavra “busca” (l.26) é formada pelo mesmo processo de derivação a partir do qual se forma a palavra
“programável” (l.11).
“invenção” (l.13).
“conquista” (l.15).
“necessidade” (l.15).