[1] Dinossauros vão voltar. E para o seu bem
[2] Eles foram extintos. Mas a ciência tem um jeito de recriá-los. Para quê? Pra encontrar remédio para as nossas piores doenças
Por Jack Homer
[3] Os dinossauros foram extintos há milhões de anos. Mas isso não significa que nunca mais
[4] teremos um deles na Terra. É possível que um ou mais deles voltem a viver no planeta um dia. E –
[5] acredite – isso vai ter uma importância incrível para você.
[6] Como assim? Do começo: para recriarmos um dinossauro, o jeito fácil seria usar DNA dos
[7] animais extintos. O problema é que, até agora, nunca se encontrou material genético de
[8] dinossauros. Isso significa que teríamos de achar uma alternativa. Pois nós descobrimos essa
[9] alternativa.
[10] Na verdade, temos algum restinho de DNA de dinossauro. Ele não está nos ossos de animais
[11] mortos, mas nos tecidos de seus descendentes, os pássaros. Pássaros são dinossauros vivos,
[12] apesar de não se parecerem com seus ancestrais. Não têm cauda ou dentes, por exemplo. E
[13] possuem asas, em vez de braços. Mas há características comuns entre eles, como o pé com 3
[14] dedos e a fúrcula, aquele osso em forma de Y conhecido como osso da sorte. Se você pudesse
[15] olhar dentro de um ovo enquanto um pássaro se forma, veria que o bicho até chega a desenvolver
[16] cauda e braços. Essas estruturas, no entanto, acabam se desintegrando com a atuação de alguns
[17] genes, antes que o ovo seja chocado.
[18] Ou seja: a chave para construirmos um dinossauro está no funcionamento desses genes.
[19] Tudo o que precisamos é impedir que eles sejam "ligados" e destruam a cauda e os braços antes
[20]que se formem por completo. Alguns pesquisadores estão fazendo isso, como Hans Larsson,
[21] professor da Universidade McGill, de Montreal. E pesquisadores da Universidade de Wisconsin já
[22]descobriram quais genes podem gerar pássaros que tenham dentes.
[23] Esses experimentos têm um objetivo nobre: descobrir como encontrar determinados genes e
[24] aprender o jeito de ligá-los e desligá-los. Quando soubermos mais sobre o processo de transformar
[25] pássaros em dinossauros, poderemos usar as informações para o nosso próprio bem. Esperamos
[26] poder compreender melhor algumas doenças genéticas que afetam a nós, humanos. E talvez até
[27] controlá-las.
[28] Por isso, estamos usando frangos como cobaias. Acreditamos que podemos criar um
[29] "frangossauro" (ou chickenosaurus, em inglês) – um pássaro que tenha características dos
[30] dinossauros. Criaturas assim seriam produzidas somente uma por vez, e apenas dentro de um
[31] ovo. Não seriam liberadas para correr pelo laboratório e perseguir pessoas.
[32] Não pensem que estamos tentando criar um frangossauro por diversão ou para aparecer em
[33] manchetes. Será apenas uma forma de desenvolver métodos práticos de engenharia genética que
[34] nos livrem de doenças graves. E, de quebra, destrinchar o desenvolvimento da evolução.
Superinteressante, fevereiro de 2010.
Analise as afirmações a seguir sobre os processos fonéticos de algumas palavras do texto e suas consequências.
I. Poderíamos grafar a palavra quê (l. 02) sem acentuação gráfica e manter a correção gramatical do vocábulo.
II. A regra de acentuação gráfica que preceitua a ortografia de recriá-los (l. 02) é a mesma que rege a acentuação de até (l. 15).
III. A retirada do acento gráfico de remédio (l. 02) provocaria o surgimento de um verbo conjugado em conformidade com a norma gramatical.
IV. Se a palavra apesar (l. 12) fosse empregada no plural, sua classificação quanto à posição da sílaba tônica seria alterada.
V. A letra x corresponde ao mesmo fonema nas palavras extintos (l. 07) e experimentos (l. 23).
Quais estão corretas?
Apenas I, II e III.
Apenas I, III, IV e V.
Apenas II, III, IV e V.
Apenas II, IV e V.
I, II, III, IV e V.