Da hora em que você acorda até o momento de voltar para a cama, seu cotidiano se compõe de uma série de atitudes e comportamentos que parecem naturais. Porém, não é bem assim. Muito do seu jeito de ser e agir no dia a dia é resultado de uma série de aprendizados que moldaram a evolução humana desde que nosso primeiro antepassado resolveu descer da segurança de uma árvore e se arriscar na savana africana. Muito do que somos foi delineado pelas ideias e esforços de outros homens e mulheres ao longo da História.
Situações que trazem conteúdo para a inspiração ou à reflexão e que servem de modelo para a humanidade não precisam, necessariamente, estar ligados a pessoas ou fatos reais. Vários mitos cumprem esse papel, expressando uma ideia de forma direta ou alegórica. Por exemplo, na mitologia grega, o astuto “Titã Prometeu”, era considerado um defensor da humanidade e foi responsável pelo roubo do fogo de Zeus, a principal divindade do Olimpo. Prometeu deu o fogo aos mortais, o que foi considerado um crime imperdoável por Zeus, que puniu o Titã acorrentando-o a uma rocha, enquanto uma águia vinha todo o dia comer seu fígado, que se regenerava no dia seguinte, infringindo-lhe ciclos de sofrimento terríveis. Até que um dia Prometeu foi libertado pelo herói Hércules.
Sobre o contexto apresentado, assinale a alternativa correta.
O mito tem um problema em seu eixo dramático, pois como o fígado faz parte do sistema imunitário, sua ausência representa que Prometeu não sentiria mais dor.
A tragédia de Prometeu pode ser interpretada como uma alegoria sobre a criação das ciências exatas, como a Química e a Física, uma vez que ela coloca conhecimento da natureza (domínio do fogo) e crença no divino como componentes inseparáveis.
Um dos aspectos que distancia o mito de Prometeu da realidade é o fato de que a águia é uma ave de rapina e, como tal, é vegetariana.
O mito de Prometeu, visto pela óptica da literatura, é considerado uma parábola, pois segue a estrutura básica do herói-mártir (Prometeu) e do vilão (Zeus), linha narrativa que ganhou destaque na literatura brasileira graças à Semana de Arte Moderna de 1922.
O comportamento de regeneração do fígado de Prometeu poderia ser descrito por uma função matemática periódica, tendo o tempo como variável.