A polaridade de uma molécula pode ser prevista considerando-se as polaridades das ligações individuais, a localização dos pares não-ligantes e a forma tridimensional da molécula. São classificadas como molécula polar e apolar, respectivamente:
O2 e HBr
CO2 e CS2
CH3CO2H e CCℓ4
C2H6 e BF3
H2O e C2H5OH
Passo 1 – Analisar cada molécula quanto à existência de dipolo permanente
Passo 2 – Avaliar as moléculas de cada alternativa
Alternativa A – O2: ligações iguais → apolar. HBr: ligação heteronuclear → polar.
Ordem pedida: primeiro polar, depois apolar → inverte.
Alternativa B – CO2 (linear, dipolos C=O opostos) e CS2 (linear). Ambos apolares → não atende.
Alternativa C – CH3CO2H (ácido acético): possui grupo OH e carbonila em extremidades, vetor resultante ≠ 0 → polar. CCl4: tetraédrica simétrica, cancela dipolos → apolar. Atende à ordem pedida.
Alternativa D – C2H6 apolar; BF3 trigonal plana simétrica → apolar. Ordem errada e ambas apolares.
Alternativa E – H2O polar; C2H5OH também polar (dipolo dominado pela hidroxila). Segunda molécula não é apolar.
Conclusão
A única opção que traz uma molécula polar seguida de uma apolar é a alternativa C.
Momento de dipolo (\(\vec\mu\)): vetor cuja direção segue a ligação e cuja intensidade depende da diferença de eletronegatividade.
Soma vetorial: A polaridade global da molécula resulta da soma de todos os \(\vec\mu\). Geometrias simétricas podem levar à anulação (ex.: CO2, CCl4, BF3).
Pares de elétrons não ligantes (ex.: H2O) alteram a simetria, gerando dipolo resultante.
Moléculas homonucleares diatômicas (O2, N2) são sempre apolares, pois não há diferença de eletronegatividade.